Waldir Pereira, mais conhecido como Didi, nasceu em Campos dos Goytacazes no dia 8 de outubro de 1928 foi bicampeão mundial pela Seleção Brasileira de Futebol nas Copas de 1958 e 1962.
Em 1943, Didi começou sua história no futebol, jogando no infantil do São Cristóvão. Ainda nas categorias de base, também passou por Industrial, Rio Branco, Goytacaz e Americano. Apesar do sucesso, Didi teve um drama quando era criança. Aos 14 anos, teve uma infecção no joelho por causa de uma contusão sofrida em uma pelada. Chegou a ficar em cadeira de rodas. A perna quase foi amputada. Mas o destino fez a sua parte e não permitiu a perda do garoto, que no futuro, se tornaria um dos maiores nomes do futebol brasileiro de todos os tempos.
"O Principe Etíope" era seu apelido, dado por Nelson Rodrigues. Com classe e categoria, foi um dos maiores médios volantes de todos os tempos, e ainda foi um dos líderes do clube Botafogo de Futebol e Regatas, além de possuir o mérito de ter criado a "folha seca". Esta técnica consistia numa forma de se bater na bola numa cobrança de falta, com o lado externo do pé, hoje vulgarmente chamada "trivela". Ela tem esse nome pois esse estilo de cobrar falta que dava à bola um efeito inesperado, semelhante ao de uma folha caindo. O lance foi inventado por Didi em 1956, na partida contra o América. Ele estava com uma contusão que não permitia dar os chutes de longa distância da forma normal. Por isso, ele achou um jeito para a dor desaparecer: acertar o meio da bola, que fazia uma curva assustadora. A "folha seca" ficou famosa quando Didi marcou um gol de falta nesse estilo contra a Seleção do Peru, nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958.
Na Copa do Mundo de 1970 seria o técnico da Seleção do Peru (classificando o país para a sua primeira Copa desde a de 1930) na derrota para a Seleção Brasileira por 4 a 2 .
No Fluminense, seu clube do coração, Didi jogou entre 1949 e 1956, tendo realizado 298 partidas e feito 91 gols, sendo um dos grandes responsáveis pela conquista do Campeonato Carioca de 1951 e da Copa Rio 1952 e feito o primeiro gol da história do Maracanã pela Seleção Carioca em 1950. Didi deixou o Fluminense devido a ser vítima de preconceito, era sempre obrigado a entrar pela porta dos fundos das Laranjeiras.
Enquanto foi campeão mundial, sempre atuou pelo Botafogo de Futebol e Regatas. No alvinegro, era o maestro de um dos mais fortes times da História do futebol. Jogou ao lado de Garrincha, Nílton Santos, Zagallo, Quarentinha, Gérson, Manga e Amarildo. O Botafogo foi o clube pelo qual Didi mais jogou futebol: fez 313 jogos e marcando 114 gols. Foi campeão carioca pelo clube em 1957, 1961 e 1962 e também venceu o Torneio Rio-São Paulo de 1962, mesmo ano em que venceu o Pentagonal do México. Passou por um momento curioso em 1957, depois de ganhar o Campeonato Carioca. Teve que cumprir uma promessa de atravessar a pé a cidade do Rio de Janeiro por causa do título.
Chegou a jogar no famoso time do Real Madrid, ao lado do craque argentino Di Stéfano e do húngaro Puskas, mas teria sofrido um boicote na equipe.
Didi também vestiu a camisa do São Paulo Futebol Clube em duas oportunidades, em 1964 e 1966. Já pensava em se retirar dos campos de futebol, não conseguindo êxito como nos clubes anteriores em conquista de títulos. A equipe paulista naquela época, não tinha grandes jogadores e estavam empenhados em terminarem a construção do seu principal patrimônio, o Estádio do Morumbi.
No começo de 1981, Didi chegou a ser o técnico do Botafogo, mas foi substituído do cargo durante o ano, tendo sido ele um dos técnicos do Fluminense, na fase que o time tricolor era conhecido como a "Máquina Tricolor", pela qualidade excepcional de seus jogadores.
Dirigiu os seguintes clubes Sporting Cristal e Alianza Lima (Peru), Vera Cruz (México), River Plate (Argentina), Fernerbache (Turquia) AL - Ahli (Arábia Saudita), Fluminense, Botafogo, Cruzeiro e Bangu (Brasil). Abandonou o futebol em 1987, depois de uma operação na coluna.
No início de 2000, foi homenageado com uma placa no Maracanã (por ter feito o gol inaugural), na cerimônia de inauguração da primeira etapa da reforma do estádio. Ainda neste ano, no dia 24 de janeiro, ao lado de George Best, Van Basten e Zico, entrou para o International Football Hall of Champions, o Hall da Fama da FIFA, onde já estão jogadores como Pelé, Beckenbauer e Cruyff.
Didi, morreu aos 71 anos, no Hospital Público Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, dia 12 de maio de 2001, dois dias após sofrer cirurgias para retirada de parte do intestino e da vesícula.
Frases de (e sobre) Didi
"Eu sempre tive muito carinho por ela. Porque se não a tratarmos com carinho, ela não obedece. Quando ela vinha, eu a dominava, ela obedecia. Às vezes ela ia por ali, e eu dizia: 'Vem cá, filhinha', e a trazia. Eu pegava de calo, de joanete, e ela estava ali, obediente. Eu a tratava com tanto carinho como trato minha mulher. Tinha por ela um carinho tremendo. Porque ela é fogo. Se você a maltratar, quebra a perna. É por isso que eu digo: 'Rapazes, vamos, respeitem. Esta é uma menina que tem que ser tratada com muito amor...' Conforme o lugarzinho em que a tocarmos, ela toma um destino". (Waldir Pereira, o Didi, sobre o trato com a bola)
"Quando eu jogava futebol, se pudesse, tinha sempre que pôr uma bolinha embaixo da cama. Quando eu acordava, tocava nela, e sentia, tinha sensibilidade, dava o toque inicial nela, dizendo: 'ela está aí'". (Waldir Pereira, o Didi, sobre a bola)
"Eu não precisava correr. Quem precisava correr era a bola. Eu dava um passe de 40 metros, para que que eu vou correr quase 35 metros para poder dar um passe de 5, se eu posso dar um passe de 40". (Waldir Pereira, o Didi, sobre a sua facilidade em fazer lançamentos)
"Eu tive uma satisfação íntima quando fiz o primeiro gol do Maracanã, em 1950. Eu passei duas noites sem dormir e sempre procurava passar perto do Maracanã. Pensava: 'Puxa, eu inaugurei esse negócio, isso aí vai ter uma placa'. Só o dia que destruírem esse estádio que vão esquecer do Didi, que fez o primeiro gol". (Waldir Pereira, o Didi, sobre ter feito o primeiro gol do Maracanã)
"Eu gostaria que a máquina do tempo recuasse um pouquinho e desse a oportunidade para vocês que não me viram e não tiveram a felicidade de ver um Nílton Santos, um Garrincha, um Pelé, um Didi, um Zizinho... Queria que a máquina do tempo recuasse um pouquinho e fizesse um jogo entre 1958 e 1970... e seria o espetáculo da terra. Meio tempo Pelé no time de 58, e meio tempo Pelé no time de 70. Seria uma coisa fantástica". (Waldir Pereira, o Didi, sobre os grandes jogadores de sua época)
"Não se podia desejar mais de um homem, ou por outra: não se podia desejar mais de um brasileiro. Ninguém que jogasse com mais gana, mais garra, e, sobretudo, com mais seriedade. Nem sempre marcava gols. Mas estava, fatalmente, por trás dos tentos alheios. Era ele quem amaciava o caminho, quem desmontava a defesa inimiga com seus lançamentos em profundidade. Com uma simples ginga de corpo, liquidava o marcador. E nas horas em que os companheiros pareciam aflitos, ele, com sua calma lúcida, o seu clarividente métier, prendia a bola e tratava de evitar um caos possível". (Nelson Rodrigues, jornalista, escritor e dramaturgo, após a vitória do Brasil contra a Suécia na Final da Copa do Mundo de 1958)
"Com suas gingas maravilhosas, ele, em pleno jogo, dava a sensação de que lhe pendia do peito não a camisa normal, mas um manto de cetim azul, com barra de arminho". (Nelson Rodrigues, jornalista, escritor e dramaturgo, após a vitória do Brasil contra a Suécia na Final da Copa do Mundo de 1958)
"Com sua voz bonita, parecida com a do locutor Luiz Jatobá e levemente pachola, ele caprichava na escolha das palavras. Não chamava a bola de bola, mas de "menina". Orgulhava-se de nunca ter pisado nela com as travas da chuteira - era como se jogasse de polainas. Quando entrava em campo, observava como este ou aquele adversário suspirava de admiração e o namorava com os olhos. Didi decidia: "Esse é meu fã. É para cima dele que eu vou". Reinava no gramado com seu porte alto, ereto, os olhos à altura da linha do horizonte. Nunca punha a cabeça na bola - a cabeça fora feita para pensar, não para dar marradas. E, embora fosse um mestre do drible, só driblava em último recurso. Seu forte eram os passes de quarenta metros, de curva, que pareciam ir em direção à cabeça do adversário e se desviavam, caindo de colher para o companheiro". (Ruy Castro, jornalista e escritor)
"Didi dá vida à bola. Faz ela falar." (Companheiros de Didi na Copa do Mundo de 1958)
"Didi, do chute oblíquo e dissimulado como o olhar de Capitu." (Armando Nogueira, jornalista e escritor)
"Se eu e Nílton estivéssemos no Mundial da Inglaterra, não haveria aquele fiasco. Aquela gente ia ver quem tinha gasolina no tanque." (Didi, ex-meia da Seleção Brasileira, sobre Nílton Santos e a Copa de 66)
"O estilo era cadenciado, lento. Bola de pé em pé para não gastar energia. Afinal, se somadas, nossas idades passariam de mil anos!" (Didi, sobre o estilo de jogo brasileiro na Copa do Chile, em 62)
"Foi uma honra jogar com eles. Eram todos craques." (Gérson, ex-craque da Seleção Brasileira, prestando sua homenagem a Didi, Nílton Santos, Garrincha e outros, com quem atuou no Botafogo)
"Herdei do Mestre Ziza o bastão de organizador de jogadas do futebol brasileiro" (Didi, o maior meia da história do futebol brasileiro)
Em 1943, Didi começou sua história no futebol, jogando no infantil do São Cristóvão. Ainda nas categorias de base, também passou por Industrial, Rio Branco, Goytacaz e Americano. Apesar do sucesso, Didi teve um drama quando era criança. Aos 14 anos, teve uma infecção no joelho por causa de uma contusão sofrida em uma pelada. Chegou a ficar em cadeira de rodas. A perna quase foi amputada. Mas o destino fez a sua parte e não permitiu a perda do garoto, que no futuro, se tornaria um dos maiores nomes do futebol brasileiro de todos os tempos.
"O Principe Etíope" era seu apelido, dado por Nelson Rodrigues. Com classe e categoria, foi um dos maiores médios volantes de todos os tempos, e ainda foi um dos líderes do clube Botafogo de Futebol e Regatas, além de possuir o mérito de ter criado a "folha seca". Esta técnica consistia numa forma de se bater na bola numa cobrança de falta, com o lado externo do pé, hoje vulgarmente chamada "trivela". Ela tem esse nome pois esse estilo de cobrar falta que dava à bola um efeito inesperado, semelhante ao de uma folha caindo. O lance foi inventado por Didi em 1956, na partida contra o América. Ele estava com uma contusão que não permitia dar os chutes de longa distância da forma normal. Por isso, ele achou um jeito para a dor desaparecer: acertar o meio da bola, que fazia uma curva assustadora. A "folha seca" ficou famosa quando Didi marcou um gol de falta nesse estilo contra a Seleção do Peru, nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958.
Na Copa do Mundo de 1970 seria o técnico da Seleção do Peru (classificando o país para a sua primeira Copa desde a de 1930) na derrota para a Seleção Brasileira por 4 a 2 .
No Fluminense, seu clube do coração, Didi jogou entre 1949 e 1956, tendo realizado 298 partidas e feito 91 gols, sendo um dos grandes responsáveis pela conquista do Campeonato Carioca de 1951 e da Copa Rio 1952 e feito o primeiro gol da história do Maracanã pela Seleção Carioca em 1950. Didi deixou o Fluminense devido a ser vítima de preconceito, era sempre obrigado a entrar pela porta dos fundos das Laranjeiras.
Enquanto foi campeão mundial, sempre atuou pelo Botafogo de Futebol e Regatas. No alvinegro, era o maestro de um dos mais fortes times da História do futebol. Jogou ao lado de Garrincha, Nílton Santos, Zagallo, Quarentinha, Gérson, Manga e Amarildo. O Botafogo foi o clube pelo qual Didi mais jogou futebol: fez 313 jogos e marcando 114 gols. Foi campeão carioca pelo clube em 1957, 1961 e 1962 e também venceu o Torneio Rio-São Paulo de 1962, mesmo ano em que venceu o Pentagonal do México. Passou por um momento curioso em 1957, depois de ganhar o Campeonato Carioca. Teve que cumprir uma promessa de atravessar a pé a cidade do Rio de Janeiro por causa do título.
Chegou a jogar no famoso time do Real Madrid, ao lado do craque argentino Di Stéfano e do húngaro Puskas, mas teria sofrido um boicote na equipe.
Didi também vestiu a camisa do São Paulo Futebol Clube em duas oportunidades, em 1964 e 1966. Já pensava em se retirar dos campos de futebol, não conseguindo êxito como nos clubes anteriores em conquista de títulos. A equipe paulista naquela época, não tinha grandes jogadores e estavam empenhados em terminarem a construção do seu principal patrimônio, o Estádio do Morumbi.
No começo de 1981, Didi chegou a ser o técnico do Botafogo, mas foi substituído do cargo durante o ano, tendo sido ele um dos técnicos do Fluminense, na fase que o time tricolor era conhecido como a "Máquina Tricolor", pela qualidade excepcional de seus jogadores.
Dirigiu os seguintes clubes Sporting Cristal e Alianza Lima (Peru), Vera Cruz (México), River Plate (Argentina), Fernerbache (Turquia) AL - Ahli (Arábia Saudita), Fluminense, Botafogo, Cruzeiro e Bangu (Brasil). Abandonou o futebol em 1987, depois de uma operação na coluna.
No início de 2000, foi homenageado com uma placa no Maracanã (por ter feito o gol inaugural), na cerimônia de inauguração da primeira etapa da reforma do estádio. Ainda neste ano, no dia 24 de janeiro, ao lado de George Best, Van Basten e Zico, entrou para o International Football Hall of Champions, o Hall da Fama da FIFA, onde já estão jogadores como Pelé, Beckenbauer e Cruyff.
Didi, morreu aos 71 anos, no Hospital Público Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, dia 12 de maio de 2001, dois dias após sofrer cirurgias para retirada de parte do intestino e da vesícula.
Frases de (e sobre) Didi
"Eu sempre tive muito carinho por ela. Porque se não a tratarmos com carinho, ela não obedece. Quando ela vinha, eu a dominava, ela obedecia. Às vezes ela ia por ali, e eu dizia: 'Vem cá, filhinha', e a trazia. Eu pegava de calo, de joanete, e ela estava ali, obediente. Eu a tratava com tanto carinho como trato minha mulher. Tinha por ela um carinho tremendo. Porque ela é fogo. Se você a maltratar, quebra a perna. É por isso que eu digo: 'Rapazes, vamos, respeitem. Esta é uma menina que tem que ser tratada com muito amor...' Conforme o lugarzinho em que a tocarmos, ela toma um destino". (Waldir Pereira, o Didi, sobre o trato com a bola)
"Quando eu jogava futebol, se pudesse, tinha sempre que pôr uma bolinha embaixo da cama. Quando eu acordava, tocava nela, e sentia, tinha sensibilidade, dava o toque inicial nela, dizendo: 'ela está aí'". (Waldir Pereira, o Didi, sobre a bola)
"Eu não precisava correr. Quem precisava correr era a bola. Eu dava um passe de 40 metros, para que que eu vou correr quase 35 metros para poder dar um passe de 5, se eu posso dar um passe de 40". (Waldir Pereira, o Didi, sobre a sua facilidade em fazer lançamentos)
"Eu tive uma satisfação íntima quando fiz o primeiro gol do Maracanã, em 1950. Eu passei duas noites sem dormir e sempre procurava passar perto do Maracanã. Pensava: 'Puxa, eu inaugurei esse negócio, isso aí vai ter uma placa'. Só o dia que destruírem esse estádio que vão esquecer do Didi, que fez o primeiro gol". (Waldir Pereira, o Didi, sobre ter feito o primeiro gol do Maracanã)
"Eu gostaria que a máquina do tempo recuasse um pouquinho e desse a oportunidade para vocês que não me viram e não tiveram a felicidade de ver um Nílton Santos, um Garrincha, um Pelé, um Didi, um Zizinho... Queria que a máquina do tempo recuasse um pouquinho e fizesse um jogo entre 1958 e 1970... e seria o espetáculo da terra. Meio tempo Pelé no time de 58, e meio tempo Pelé no time de 70. Seria uma coisa fantástica". (Waldir Pereira, o Didi, sobre os grandes jogadores de sua época)
"Não se podia desejar mais de um homem, ou por outra: não se podia desejar mais de um brasileiro. Ninguém que jogasse com mais gana, mais garra, e, sobretudo, com mais seriedade. Nem sempre marcava gols. Mas estava, fatalmente, por trás dos tentos alheios. Era ele quem amaciava o caminho, quem desmontava a defesa inimiga com seus lançamentos em profundidade. Com uma simples ginga de corpo, liquidava o marcador. E nas horas em que os companheiros pareciam aflitos, ele, com sua calma lúcida, o seu clarividente métier, prendia a bola e tratava de evitar um caos possível". (Nelson Rodrigues, jornalista, escritor e dramaturgo, após a vitória do Brasil contra a Suécia na Final da Copa do Mundo de 1958)
"Com suas gingas maravilhosas, ele, em pleno jogo, dava a sensação de que lhe pendia do peito não a camisa normal, mas um manto de cetim azul, com barra de arminho". (Nelson Rodrigues, jornalista, escritor e dramaturgo, após a vitória do Brasil contra a Suécia na Final da Copa do Mundo de 1958)
"Com sua voz bonita, parecida com a do locutor Luiz Jatobá e levemente pachola, ele caprichava na escolha das palavras. Não chamava a bola de bola, mas de "menina". Orgulhava-se de nunca ter pisado nela com as travas da chuteira - era como se jogasse de polainas. Quando entrava em campo, observava como este ou aquele adversário suspirava de admiração e o namorava com os olhos. Didi decidia: "Esse é meu fã. É para cima dele que eu vou". Reinava no gramado com seu porte alto, ereto, os olhos à altura da linha do horizonte. Nunca punha a cabeça na bola - a cabeça fora feita para pensar, não para dar marradas. E, embora fosse um mestre do drible, só driblava em último recurso. Seu forte eram os passes de quarenta metros, de curva, que pareciam ir em direção à cabeça do adversário e se desviavam, caindo de colher para o companheiro". (Ruy Castro, jornalista e escritor)
"Didi dá vida à bola. Faz ela falar." (Companheiros de Didi na Copa do Mundo de 1958)
"Didi, do chute oblíquo e dissimulado como o olhar de Capitu." (Armando Nogueira, jornalista e escritor)
"Se eu e Nílton estivéssemos no Mundial da Inglaterra, não haveria aquele fiasco. Aquela gente ia ver quem tinha gasolina no tanque." (Didi, ex-meia da Seleção Brasileira, sobre Nílton Santos e a Copa de 66)
"O estilo era cadenciado, lento. Bola de pé em pé para não gastar energia. Afinal, se somadas, nossas idades passariam de mil anos!" (Didi, sobre o estilo de jogo brasileiro na Copa do Chile, em 62)
"Foi uma honra jogar com eles. Eram todos craques." (Gérson, ex-craque da Seleção Brasileira, prestando sua homenagem a Didi, Nílton Santos, Garrincha e outros, com quem atuou no Botafogo)
"Herdei do Mestre Ziza o bastão de organizador de jogadas do futebol brasileiro" (Didi, o maior meia da história do futebol brasileiro)
Um comentário:
Sensacional o seu blog!
Parabéns!! É sempre bom poder ler mais sobre quem ajudou a construir a história do Fluminense.
Saudações Tricolores,
Natália
(http://orgulhodesertricolor.blogspot.com/)
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